Monday, September 29, 2008

RENAMO versus Daviz Simango

Em Moçambique, definitivamente acho que ainda não temos oposição. Como é que se justifica que um partido que se assume como pai e benfeitor da democracia no País se ridicularize tanto! Quanto à mim, Daviz Simango já deu provas mais que suficientes de que é um homem íntegro e comprometido com a causa que abraça.

A RENAMO, vem agora a público justificar o grande apoio que Simango tem dos municípes "Beirenses", alegando que ele os teria aliciado através do desvio de fundos do erário público. Acho que há um paradoxo nesse posicionamento do partido da perdiz: será que Daviz Simango teria capital para aliciar quase toda a cidade da Beira, senão toda?

Creio que a RENAMO está a tentar tapar o sol com a peneira, como se diz na gíria popular. Não imaginavam que Simango tivesse tanta coragem para se tornar candidato independente à sua própria sucessão.

A desculpa que a RENAMO encontra mostra que esse partido não acredita que o povo tem "olhos de ver", e vontade própria.

Sunday, September 28, 2008

Ainda sobre o caso dos 220 milhões de Meticais

o tão propalado caso dos 220 milhões de meticais, me fez reflectir em torno de uma questão: porque é que se está a dar muita ênfase à prisão do senhor Manhenje? Será que ele foi, e é o único que defraudou e defrauda bens e dinheiro do erário público? Quantos casos mal parados sufocam a justiça Moçambicana?

Até hoje, as pessoas estão ávidas em saber quem é o autor moral do crime de Carlos Cardoso, e quem são os autores morais e materiais da morte bárbara de Siba-Siba. Pelo que me consta esses dois casos mal parados são anteriores ao caso dos 220 milhões de meticais.

Dei exemplo desses dois casos, mas concerteza, existem muitos outros casos por esclarecer. Claro que é importante que este caso siga os trâmites legais, mas parece-me que se atribuiu muito protagonismo ao mesmo.

Thursday, September 25, 2008

Corrupção ou roubo?

Foi com tamanha surpresa que recebi a notícia acerca da detenção do senhor Almerino Manhenje, ex-ministro do interior e dos assuntos de segurança na presidência da República de Moçambique. Recebi chamadas e mensagens a darem conta do sucedido. Num primeiro momento, fiquei incrédula face à notícia uma vez que não é prática em Moçambique divulgar-se ou deter dirigentes e figuras proeminentes.

Algumas correntes de opinião defendem que a detenção de Manhenje é apenas para satisfazer as vontades dos doadores, que já há muito clamam por resultados de combate à corrupção. Acho que há um equívoco a esclarecer: corrupção é totalmente diferente de roubo, e pelo que percebi o senhor Manhenje está sendo indiciado pelo desvio de 220 milhões de meticais da nova família do metical, o que quanto à mim remete para roubo e não para corrupção, visto esta ter a ver com a capacidade de outrém corromper outrossim. O roubo por sua vez se refere ao furto da coisa alheia, e neste caso vertente foi furto da coisa pública.

Agora resta saber qual será o andamento deste caso que pegou os Moçambicanos de tamanha surpresa!