O presente artigo é fruto de uma reflexão que já venho fazendo a já algum tempo acerca da violência contra crianças. Fiquei chocada sábado último ao assistir uma reportagem sobre o assunto no programa Repórter Record da TV Record.
O que me chocou não foi o facto de ver e ouvir falar de violência contra crianças pela primeira vez. As crianças são violentadas aos mais diversos níveis: nas creches, em casa, na rua, etc..., mas quando são os seus progenitores os principais autores de tal acção, a situação se torna gravissíma!
A situação se torna gravissíma porque assume-se que os pais são em primeira instância os protectores das suas crias, como é que eles são os primeiros a violentá-las? Não percebo! Podemos pensar que casos dessa natureza ocorrem somente no Brasil ou noutros países que não o nosso. Se assim pensamos, nos enganamos porque no nosso País temos muitos casos, mas a diferença reside no facto de não serem amplamente disseminados.
O ser humano tanto se vangloria de ser racional em relação aos outros animais, mas tal racionalidade não lhe vale de nada, porque até os outros animais que agem por instinto sabem proteger suas crias.
Na minha opinião é muita cobardia agredir alguém indefeso e que não se encontra na mesma igualdade de circustâncias que nós. Entenda-se por agredir não somente fisicamente mas também emocionalmente.
A violência contra crianças não é somente física. O facto de uma criança em idade escolar estar a trabalhar para sustentar a família também é violência. Ao proceder assim se está a arrancar à criança a capacidade de viver as diferentes etapas para o seu crescimento e amadurecimento como adulto.
Como é que um pai coloca sua criança de 5 anos apenas a vender doces num trânsito de uma cidade grande exposta aos mais diversos perigos? Na cidade de Maputo também tem se assistido a crianças a pedir dinheiro nos sémaforos, enquanto seus pais estão em casa ou sabe lá Deus aonde a fazer sei lá o quê.
Vi também uma peça de reportagem em um dos nossos canais televisivos sobre crianças com idades compreendidas entre os 9 e 10 anos, que limpam campas no cemitério de Lhanguene a mando de suas mães. Que futuro se espera dessas crianças?
Peço sugestões acerca da forma como podemos proteger as crianças.
Obrigada,
Nyikiwa
Democracia interna nos partidos em Moçambique
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O nosso mal como moçambicanos, é sempre querermos apagar tudo que foi de
gestão no passado, incluindo o que foi bom.
Ora, do que lembro naquele tempo, as...
3 weeks ago